Uma recepcionista identificada como Patrícia Correia, 29 anos, foi mantida em cárcere privado por 10 horas em sua casa no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, pelo ex-namorado, Fabiano Crisóstomo. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o sequestro começou pouco depois das 12h, quando Crisóstomo invadiu a casa da jovem, na Rua Palha Brava, por não aceitar o fim do relacionamento. Ele foi morto pela polícia ao fim das negociações. Crisóstomo levou Patrícia para um quarto da casa, onde começou a ameaçá-la de morte, mantendo-a presa com uma faca no pescoço. Ele fez barricadas na janela com um armário e a porta de um móvel, para impedir a entrada de outras pessoas na casa.
Após uma denúncia, o imóvel foi cercado do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar. O major Valmor Racorti, do Gate, responsável pelas negociações, afirmou que Crisóstomo não solicitava e alternava picos de nervosismo. Ele também levou alimentos para ficar na casa por um período mais extenso na casa.
"O que ele pediu foi água que foi prontamente entregue”. Durante todo o período de negociações, Patrícia foi agredida várias vezes pelo ex-namorado. Segundo Racorti, os policiais tiveram que agir por volta das 23h, quando Crisóstomo começou a colocar fogo no imóvel e no cabelo da jovem. Ele dizia que não tinha mais acordo e que ele ia matá-la. "Foi um tiro que pegou na parte do rosto dele no momento que foi utilizar o punhal", relatou o major. Médicos chegaram a entrar no imóvel para tentar reanimá-lo, mas ele morreu no local. Foram apreendidos o punhal e uma arma de brinquedo. Patrícia foi retirada da casa em uma maca, ferida por conta das agressões. Ela foi encaminhada ao Hospital Santa Marcelina, também no Itaim Paulista. O estado de saúde não foi informado.
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