sábado, 3 de setembro de 2016

TEMER MINIMIZA PROTESTOS CONTRA IMPEACMENT: 'GRUPOS PEQUENOS'

O presidente Michel Temer minimizou as manifestações realizadas nos últimos dias contrárias ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e ao seu governo, dizendo que foram feitas por “grupos pequenos e depredadores”. Temer está na China, onde vai participar da cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo.

​“São mais do que naturais em face do instante politicamente mais complicado que foi a decretação do impedimento. É natural que alguns grupos se reúnam para protestar. Agora, foram grupos pequenos e depredadores", disse a jornalistas em um hotel na cidade de Hangzhou.

"Não foi uma manifestação democrática. Uma manifestação democrática é aquela que eventualmente pode sair às ruas e pregar uma ideia”, acrescentou. Temer se reuniu neste sábado com o com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo. A Cúpula de Líderes, com os chefes de Estado, terá início neste domingo.

Conforme a Secretaria de Imprensa da Presidência, o encontro terá como um dos temas “centrais” a “promoção do crescimento econômico inclusivo e inovador”. Além disso, informou a assessoria de Temer, outro objetivo é “consolidar” o apoio do G20 à implementação da Agenda de Desenvolvimento 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), da qual fazem parte as chamadas Metas de Desenvolvimento Sustentável.

Protestos -
Protestos contra o presidente Temer ocorreram nesta sexta em várias capitais brasileiras. Em São Paulo, o protesto teve depredação de concessionárias e de pontos de ônibus e bloqueio de vias, como a Marginal Pinheiros. O ato começou pacífico no Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo, mas ficou violento depois de policiais militares impedirem os manifestantes de seguirem até a Praça Benedito Calixto.

No centro de Florianópolis, o protesto também começou pacífico, mas houve tumulto e confronto de manifestantes com a polícia. Participaram 7 mil pessoas, segundo os organizadores. Em Salvador, os manifestantes pediram novas eleições. Foram 5 mil pessoas, segundo os organizadores, e 3 mil de acordo com a polícia. Em Goiânia, 2 mil pessoas foram às ruas, segundo os organizadores, e 60, de acordo com a polícia.

Porto Alegre também teve protesto pela saída de Temer da presidência. Um grupo pôs fogo em contêineres de lixo e pelo menos 4 agências bancárias foram apedrejadas. Também houve confrontos entre integrantes do ato e PMs, que usaram bombas de gás lacrimogênio.

No Rio de Janeiro, um protesto percorreu ruas do centro. O ato teve a presença de mascarados e uma confusão, em que ativistas atiraram algumas garrafas e os PMs fizeram uso de spray de pimenta. (As informações do G1)

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