As vendas de materiais de construção no varejo brasileiro continuam em um ritmo fraco, afetadas pela desconfiança de consumidores e pelas dificuldades na obtenção de crédito. De acordo com pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) antecipada nesta sexta-feira para a Agência Estado, as vendas no varejo em maio caíram 4,5% na comparação com igual mês de 2011 e tiveram alta de 2,5% ante abril. Nos 12 meses encerrados em maio, o desempenho das vendas recuou 1%.
"O consumidor está apreensivo porque ouve que o dólar está em alta, que os mercados estão apreensivos e que há possibilidade de aumento de preços. Ele não encontra crédito disponível a juros justos e, por isso, passou a adiar as compras", afirmou em nota Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
O principal alvo da crítica é a Fimac-FGTS, linha de financiamento que destina recursos do fundo de garantia para aquisição de materiais de construção. A linha conta com reserva inicial de R$ 300 milhões para 2012, podendo chegar a R$ 1 bilhão no ano. No entanto, apesar de ter sido aprovada no início de janeiro, ainda não foi colocada em prática.
A expectativa do setor agora recai sobre a revisão da Fimac-FGTS, prometida em maio pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Conforme anunciado nos últimos dias pelo governo federal, a nova linha de crédito para financiamento de material de construção entrará em vigor ainda em junho, com menos exigências e burocracia, o que deve facilitar a tomada de crédito. (As informações da Agência Estado)
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