Colocados na mira dos protestos populares que tomaram as ruas do país, por causa dos gastos públicos com a Copa das Confederações e a Copa-2014, a Fifa e o governo federal apresentaram na manhã de hoje uma série de dados sobre benefícios que os eventos trarão ao país. O argumento principal foi que 75 % do total de gastos estimados até o momento (R$ 28,1 bilhões) são para obras que já teriam de acontecer no país.
“A Copa permite alavancar e adiantar investimentos essenciais em infraestrutura e serviços, que teriam de ter sido feitos independentemente dos eventos”, disse Luis Fernandes, secretário do Ministério dos Esportes. “O ponto básico no nosso planejamento é que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo são uma oportunidade histórica para o desenvolvimento do país”. O valor atual do “plano estratégico de investimentos” é de R$ 28,1 bilhões -R$ 8,7 bilhões vindos de financiamento federal (crédito de bancos públicos), R$ 6,5 bilhões do orçamento federal, R$ 7,3 bilhões de recursos locais (Estados e prefeituras) e R$ 5,6 bilhões de recursos privados.
A maior parte destes recursos (cerca de R$ 9 bilhões) será investida nas obras de infraestrutura de transportes. Outro ponto muito citado nas manifestações -o de que o governo deveria priorizar os investimentos em saúde e educação, em vez da Copa- foi contestado pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. “Não há nenhum desvio de recursos destinados à saúde e à educação para as obras da Copa ou de estádios, pelo contrário. Os investimentos para a saúde são parte do legado da Copa”, disse Rebelo, que afirmou que o orçamento federal de saúde e educação para 2013 é de R$ 177 bilhões. (As informações do Folhapress)
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