domingo, 23 de junho de 2013

CONFRONTO EM BELO HORIZONTE DEIXOU 37 FERIDOS E 32 PRESOS

Os confrontos entre a Polícia Militar e manifestantes ontem, em Belo Horizonte, resultaram em 37 pessoas feridas, sendo dez policiais. Outras 32 pessoas foram presas por atacar a polícia e por atos de vandalismo durante os conflitos que transformaram o entorno do estádio Mineirão em uma praça de guerra. Houve depredação nos cerca de nove km do trecho da avenida Antonio Carlos, que vai da região da Pampulha, próximo ao estádio, até o bairro da Lagoinha, quase no centro da cidade.

Ao menos seis concessionárias, três agências bancárias e equipamentos públicos foram destruídos. Quase todos os radares de trânsito ao longo da via foram destruídos, bem como parte dos canteiros da obra do BRT (transporte rápido por ônibus). O confronto começou por volta das 16h, no momento em que começava no Mineirão o jogo entre Japão e México pela Copa das Confederações e se estendeu até aproximadamente 21h.

A violência teve início depois que uma parte das cerca de 66 mil pessoas que marchavam em uma manifestação tentaram passar pelo bloqueio policial que isolava o Mineirão. Depois de a PM dispensar a multidão com gás e tiros de borracha, muitos voltaram para o centro, onde atos de vandalismo se repetiram e a PM novamente fez a dispersão. Foi depois desse segundo episódio que ocorreu a maioria das prisões.

O comandante geral da PM, coronel Marcio Sant'Ana, lamentou o ato dos “infiltrados de má índole”, provocando, segundo ele, uma “injusta” agressão aos policiais. Entre os objetos atirados contra os policiais estavam bola de sinuca, chumbada de pesca e atiradeiras. Foram usadas ainda contra os policiais bombas artesanais atreladas a garrafas de vidro, o que aumenta o risco de ferimentos.

O comandante elogiou a “extrema disciplina tática” da PM, que só reagiu após ser agredida por muito tempo. Foi nessa reação que muitos manifestantes se feriram, quando tentavam correr das bombas de gás e das balas de borracha. Três manifestantes caíram do viaduto de acesso a Mineirão. Esses são os casos mais graves entre os feridos. Mas nenhum corre risco de morrer no momento. (As informações da Folhapress)

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