segunda-feira, 24 de junho de 2013

FUNAI NEGOCIA LIBERAÇÃO DE BIÓLOGOS CAPTURADOS POR ÍNDIOS

Os pesquisadores capturados por índios da etnia mundurucu, na sexta-feira, em Mamãe-Anã, no rio Tapajós, podem ser soltos ainda hoje após a chegada de uma equipe de negociação enviada pela Secretaria Geral da Presidência da República a Jacareacanga, cidade paraense de 14 mil habitantes na divisa com Amazonas e Mato Grosso, onde se encontram os três biólogos.

Os índios já haviam afirmado, por meio de nota, que Djalma Nóbrega, Luiz Peixoto e José Guimarães seriam liberados pacificamente. Eles são funcionários da empresa Concremat, subcontratada pelo Grupo de Estudo Tapajós, que analisa a construção da usina Jatobá, na bacia do rio, e é formado por grandes empresas como Camargo Corrêa, GDF Suez e Eletrobras, entre outras.

Há um impasse, porém, em relação aos equipamentos apreendidos. Os mundurucus dizem que eles não serão devolvidos. Já o Grupo de Estudos Tapajós afirma que a apreensão compromete a qualidade dos estudos realizados e impede sua continuação.

Os indígenas são contra a construção de usinas no Tapajós e exigem ser consultados antes da realização de quaisquer estudos. Eles afirmam que os biólogos foram capturados ilegalmente em terras indígenas coletando animais, plantas e amostras.

O grupo de estudos afirma que os biólogos foram sequestrados e que “nenhum local visitado pelos pesquisadores é terra indígena”. Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, a equipe enviada para negociar com os índios é formada por técnicos da Funai (Fundação Nacional do Índio) que falam o idioma da etnia e pessoas que negociaram a saída dos mundurucus de Belo Monte, no rio Xingu, no início deste mês. (As informações da Folha Press)

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