O Tribunal de Justiça da Bahia decidiu nesta quarta-feira (23) suspender o juiz Luiz Roberto Cappio das suas atividades na comarca de Euclides da Cunha, no semiárido baiano, até que conclusão definitiva dos processos sobre o caso dele, segundo a assessoria do TJ-BA.
O juiz ficou conhecido após julgar favoravelmente ao retorno das crianças de Monte Santo adotadas por famílias de São Paulo. Condenado a suspensão de 90 dias, estendida por mais 90 dias, o juiz havia retomado às atividades na segunda-feira (21).
Segundo o TJ-BA, como o afastamento estava por vencer, foi julgado novamente na sessão dessa quarta. A decisão foi unânime - todos os desembargadores optaram por manter Cappio afastado até que sejam encerrados os processos a que responde.
A decisão foi tomada na manhã de hoje pleno TJ-BA. Cappio é acusado de agressividade e uso de palavras de baixo calão contra membros do Ministério Público atuantes naquela comarca e os serventuários. Ele também responde a processo por baixa produtividade.
Na segunda, o juiz comentou o caso. Cappio falou sobre os processos que ainda enfrenta: acusação de descortesia e baixa produtividade. "Eu acredito que essas acusações são uma tentativa de represália, já que eu levei ao conhecimento de autoridades federais assuntos sérios, que um grupo de advogados e promotores dentro da comarca, não gostariam que fossem expostos", comentou.
Cappio explicou que apesar do que ele classifica como um esforço incomum de alguns promotores em condená-lo pelas acusações as quais responde, ele se mantém fiel à sua posição dentro Vara Crime, Júri, Execuções, Penais e Infância e Juventude. "Esses processos serão arquivados, pois foram baseados em argumentos que não se sustentam", afirmou. (As informações do Correio)
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