quinta-feira, 30 de agosto de 2012

GOVERNO FAZ "MALABARISMO VERBAL" AO JUSTIFICAR PACOTE DE PRIVATIZAÇÕES, AFIRMA IMBASSAHY

Em discurso nessa quarta-feira (29), o deputado Antonio Imbassahy (BA) cumprimentou a presidente Dilma por ter anunciado um grande pacote de privatizações, mas lamentou o atraso da gestão petista em aderir ao modelo. Segundo ele, o governo tenta se justificar com “contorcionismo e malabarismos verbal” ao chamar as privatizações de concessões.

“Por mais que o governo federal insista em chamar de concessão o programa de investimentos em infraestrutura recentemente lançado com pompa e circunstância no Palácio do Planalto, na verdade, trata-se claramente de um grande programa de privatizações. Digo que chamar de concessão uma privatização não faz dela uma concessão. Privatização é privatização”, observou.

Ele cita matéria da jornalista Miriam Leitão publicada no jornal “O Globo” explicando que as duas palavras são sinônimas. A diferença é que concessão trata de serviços públicos (água, transporte, telefonia) e privatização abrange outros setores, como o siderúrgico e o de mineração. “Felizmente o governo encontrou no dicionário a palavra concessão, até mesmo para atenuar o constrangimento pelo qual está passando”, disse.

“Enquanto o Partido dos Trabalhadores atacava no passado e negava as reformas estruturais e fundamentais realizadas na gestão de Fernando Henrique Cardoso, assistimos a 10 anos de paralisação dos investimentos”, afirmou. Para Imbassahy, a combinação de demagogia, interesses eleitoreiros e incompetência se mostrou gravemente nociva aos interesses do país.

De acordo com Imbassahy, a população espera os investimentos anunciados se tornem realidade e não sigam o mesmo exemplo do ex-presidente Lula, que privatizou e não conseguiu concluir a duplicação de 270 quilômetros de rodovias em 2007, no valor de R$ 1,2 bilhão. Dos oito grandes projetos de privatização licitados naquele ano, cinco nem começaram. Imbassahy concluiu o discurso dizendo esperar que a presidente Dilma cumpra esse pacote de privatizações seguindo os princípios da eficiência, moralidade e transparência.

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