quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SAÍDA DO TÉCNICO CAIO JÚNIOR DO BAHIA EXPÕE RACHA NO ELENCO

A pressão é grande e, a cada rodada da Série A, a impressão é de que a panela tricolor está prestes a estourar. A surpresa da vez foi o pedido de demissão do técnico Caio Júnior às vésperas do jogo de hoje, às 19h30, contra o Santos, na Vila Belmiro. Em nota, o ex-treinador alegou problemas familiares na noite de segunda-feira e abandonou o barco após dez jogos no comando. Foram cinco derrotas, três empates e duas vitórias nesse período.

A mudança do filho para os EUA foi o motivo alegado pelo comandante, mas, nos bastidores do Fazendão, é certo que a razão da saída foi outra.

Caio Júnior chegou por aqui confiante nos medalhões do grupo, mas a desilusão com a qualidade do elenco teria feito o treinador aproveitar o momento em que o Bahia saiu da zona para deixar o clube por cima. “Assumi na última colocação e o deixo fora da zona de rebaixamento. Sei que o time tem que evoluir para afastar de vez esse perigo e estarei torcendo para que isso aconteça”, escreveu em sua nota de despedida.

A diretoria também não fez força para ele ficar. Tanto que o nome de Jorginho já estava engatilhado na noite em que Caio Júnior pediu demissão.

O que não bate com a justificativa do ex-treinador é que, apesar de ter comandado o treinamento normalmente na segunda-feira, o ex-técnico não comunicou o grupo sobre a decisão de deixar o clube, tampouco fala publicamente sobre a saída repentina.

E, ao invés de falar com o capitão Titi, optou pelo volante Fahel para transmitir a notícia ao elenco. “Ele não conversou com a gente, mas deixou um recado com Fahel. Saída de treinador é um pouco difícil para os jogadores. A gente fica chateado, pois ele vinha fazendo um bom trabalho”, conta o centroavante Souza.

Jorginho, o treinador que chega, tem ainda a missão de melhorar o ambiente de trabalho no Fazendão, com indícios de racha na equipe. A divisão seria entre atletas de liderança interna contestada, casos de Titi e Souza, e um outro grupo formado por jogadores experientes e os da base. O auxiliar Eduardo Barroca nega que haja panelinha. “Quando os resultados não acontecem, as coisas de fora pra dentro acabam se perpetuando. Não há crise”. (As informações do Correio)

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