domingo, 1 de setembro de 2013

PROJETO QUER PROIBIR USO DE ELETROELETRÔNICO EM SALA DE AULA

O estudante João Mazzoni, 14 anos, faz parte de um conjunto de jovens chamado de "geração internet". Aficionado por tecnologias, não desgruda do smartphone para nada, nem na hora de dormir. Mesmo na sala de aula, o adolescente não consegue se "desligar" do aparelho. Esse comportamento pode estar com os dias contados, caso um projeto de lei que visa proibir o uso de dispositivos eletrônicos durante as aulas seja aprovado pelos deputados na Assembleia Legislativa do Estado (AL-BA).

Sem data definida para ser posto em votação, o Projeto de Lei (PL) 16.724/2007, de autoria do deputado João Carlos Bacelar (PTN), já conta em seu favor com a simpatia da Casa, que aprovou, na semana passada, o parecer do relator do projeto, Rosemberg Pinto (PT), por unanimidade. A intenção do PL é proibir o uso, durante as aulas, de toda gama de dispositivos eletroeletrônicos nas unidades de ensino da educação básica da Bahia, públicas ou privadas. A regra valerá para celulares, câmeras digitais, tablets, notebooks e aparelhos reprodutores de som e vídeo, a menos que sejam usados para fins pedagógicos.

Estudantes discordam Mesmo sem previsão para entrar em vigor no Estado, a notícia da existência do projeto, no mínimo, polêmico, não foi bem recebida pelos estudantes de Salvador. Somente na capital baiana, há 463 escolas da rede pública municipal, 220 privadas e 44 da rede pública estadual. Cerca de 200 mil alunos fazem parte da privada. Na rede municipal, são cerca de 146 mil alunos. A Secretaria da Educação do Estado não informou a quantidade de alunos na capital, mas na Bahia chegam a somar cerca de 1,01 milhão de alunos matriculados.

O aluno João Mazzoni, que estuda a 8ª série do ensino fundamental II, não apoia a ideia do deputado Bacelar. "Deixo o meu celular na mochila, mas, sempre que posso, pego o aparelho para dar uma olhadinha nas mensagens, pesquisar alguma coisa sobre a aula", argumenta. Em seguida, emenda: "Não conseguiria ficar sem ele". Apesar de não pertencer às séries que poderão ser afetadas com a nova lei, o estudante do 3º ano do ensino médio João Pedro Prazeres, 17 anos, diz que as novas tecnologias auxiliam no processo de ensino.

"Sou extremamente contra essa lei, pois muitas escolas já estão adotando aparelhos como o tablet para as atividades em sala de aula e para melhorar o aprendizado dos alunos", disse o jovem, que estuda no Colégio São Paulo. (As informações do A Tarde)

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