sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PSB E PSDB AVALIAM QUE PODEM SE BENEFICIAR DA DERROTA DE MARINA

O PSDB do senador Aécio Neves e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, consideram que a rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da criação da Rede Sustentabilidade pode ser benéfica para as candidaturas dos dois partidos à Presidência da República no ano que vem, caso a ex-senadora Marina Silva não opte por se candidatar por outro partido.

Embora seus líderes tenham dito que lamentam pelos eleitores que poderão ficar impedidos de votar em Marina - e por ela própria -, eles já começaram a simular formas de herdar os votos da ex-ministra obtidos na eleição de 2010 (19.636.359). No PSDB, a avaliação é de que boa parte dos votos que iriam para a Rede Sustentabilidade poderá migrar, com a provável ausência de Marina no pleito, para os partidos de oposição, pois a ex-senadora não era mais identificada com nenhuma parte do governo.

Pelo contrário, ela vinha se tornando uma crítica do governo Dilma, tanto na parte que se refere ao meio ambiente e à sustentabilidade, quanto na forma como o Palácio do Planalto toca a economia e faz política, à base do loteamento de espaços na Esplanada dos Ministérios e em estatais. Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse que acompanhou desde o início o esforço de Marina para formação da Rede. “Fomos solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso.”

O senador disse lamentar a decisão do TSE, embora tenha de aceitá-la. “Mantemos a posição que já externamos em outras oportunidades: a presença de Marina Silva engrandece o debate democrático de ideias. De nossa parte, o PSDB continuará trabalhando para apresentar um projeto alternativo ao que está aí, com a permanente preocupação com algo extremamente caro a ex-senadora e a todos nós brasileiros, assegurar ao Brasil um desenvolvimento sustentável”, afirmou ele.

Já o PSB entende que a ausência de Marina, se confirmada por ela na coletiva que pretende dar nesta sexta-feira, 04, abrirá forte possibilidade para que Eduardo Campos apareça como o nome novo da eleição presidencial do ano que vem. “Marina é porta-voz da mudança, o que se assemelha ao nosso discurso, de fugir da dicotomia entre PSDB e PT, existente nos últimos vinte anos. O Brasil se cansou dessa luta. Esse círculo se encerrou. A candidatura de Eduardo Campos é uma candidatura nova, que aponta para um cenário novo, para novo ciclo de desenvolvimento econômico e avanços sociais”, afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS).

“Lamentamos, no entanto, que Marina não tenha conseguido seu partido. A Rede agregaria um bom debate para 2014. Mas nós ainda não sabemos o que ela vai fazer. Se for coerente com o que vinha dizendo e pregando, a tendência é que não seja candidata. Mas pode mudar de opinião. Ela não sendo candidata, vamos ter uma disputa entre três e não quatro candidaturas fortes, na qual um vacilo pode causar muita diferença na disputa”, disse o líder. (As informações do Estadão)

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