Menos de 24 horas depois dos protestos em 13 capitais que levaram às ruas 1 milhão de pessoas, a presidente Dilma Rousseff montou uma estratégia para sair do cerco político. Além de comandar uma reunião com ministros, no Palácio do Planalto, para avaliar o impacto das manifestações no País, Dilma telefonou para governadores e prefeitos, na tentativa de construir um pacto para estancar o clima de insegurança nas ruas, e negou a existência de "crise institucional" no País.
Ministros não esconderam da presidente a preocupação de que protestos despolitizados comecem a ameaçar as instituições. No encontro, todos mostraram perplexidade com as cenas de vandalismo verificadas no dia anterior, com saques de lojas, incêndios, agressões a ativistas e depredações de ministérios e do Banco Central, mesmo após a redução das tarifas de transporte no País.
Segundo relatos de dois ministros presentes ao encontro no Planalto, Dilma afirmou não haver risco de deterioração do quadro institucional brasileiro, embora tenha considerado os protestos um sinal de que o governo precisa agir e não ficar a reboque das manifestações.
Um ministro que participou da reunião reconheceu que se trata de um "momento de alerta". Mas afirmou que, dentro do governo, "há consciência de que tem de haver uma resposta, que não cabe só ao Executivo, mas também ao Legislativo e ao Judiciário". (As informações da Agência Estado)
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