A oposição venezuelana convocou nesta quarta-feira (19) uma nova manifestação para sábado (22) para exigir o desarmamento de grupos que declaram apoiar o governo e que, segundo a oposição, foram responsáveis pelos incidentes violentos na semana passada, quando morreram pelo menos seis pessoas.
“Não podem conviver grupos armados ilegais e a paz em sociedade. Ao governo cabe a responsabilidade de desarmar estes grupos”, defendeu o responsável da Mesa da Unidade Democrática, Ramón Guillermo Aveledo, em uma coletiva de imprensa.
Aveledo disse que a marcha será pacífica e “não há qualquer desculpa” para impedir a sua realização, em referência à exigência do governo de emitir uma autorização para as manifestações. O clima de tensão agravou-se na Venezuela na terça-feira (18), com a entrega às autoridades do dirigente da oposição Leopoldo López, dirigente do partido Vontade Popular, acusado pelo governo de promover atos de violência para forçar a saída do presidente Nicolás Maduro.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, lamentou “as perdas humanas e os incidentes de violência” na Venezuela e apelou para o “diálogo entre os implicados relevantes”. O responsável pela ONU disse ter tomado nota das “preocupações expressadas pelos governos da região” e disse esperar que o diálogo permita conseguir “pacificamente as mudanças pelas quais o país atravessa atualmente”.
Já o diretor para o Continente Americano da Human Rights Watch, José Luís Vivanco, criticou o “silêncio” dos governos da região sobre os protestos contra o governo de Nicolás Maduro. (As informações da
Agência Lusa)
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