O Tribunal Superior Eleitoral vai cancelar a licitação para a compra de mais 5.103 kits de cadastro biométrico. O caso pode atrasar a coleta de dados de eleitores para o pleito deste ano e colocar em risco o milionário projeto anunciado para várias capitais. Só num segundo teste, detectou-se ‘vício material quanto aos testes de homologação’. Técnicos do tribunal descobriram erros no software da empresa escolhida, a Akyama – a mesma que vendeu os 3.500 kits hoje usados pelo órgão. Nesta nova concorrência, a empresa trocou o modelo para um mais simplório, e driblou parâmetros exigidos no edital.
O software da Montreal, escolhido pela Akyama, é usado pelo Detran do Rio para cadastrar motoristas, mas não alcançou a qualidade esperada pelo Tribunal nos testes. Desconfiada da agilidade com que o processo avançou, a direção do TSE enquadrou a turma e segurou o processo. A compra é estimada em R$ 40 milhões.
A Itautec pulou fora há poucos meses. Hoje, a brasileira Akyama e a holandesa Gemalto disputam a venda. As três empresas que concorriam reclamam nova licitação. Quando surgiu o caso de que Henrique Pizzolato usou título de eleitor falso, o então presidente do TSE, ministro Marco Aurélio, alertou que o sistema precisa melhorar. (As informações do Correio)
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