quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PROFISSIONALISMO CADA VEZ MAIS CEDO NO FUTEBOL


Além de modalidade esportiva, futebol é profissão que conquista um número crescente de jovens baianos. Para chegar lá, é preciso mais que talento.

Garotos que sonham com a profissão de jogador de futebol estão começando cada vez mais cedo. Quem quiser trilhar o caminho rumo ao gramado dos grandes times precisa estar preparado para assumir responsabilidade ainda muito jovem e o apoio da família é fundamental. Para quem ambiciona construir uma carreira esportiva, não há espaço para “baladas”, cigarro, envolvimento com bebidas ou drogas. É uma escolha que exige dedicação, disciplina e muita perseverança.

Existem ainda outros fatores fundamentais, quando o assunto é tornar-se um craque. Técnica, velocidade, força e personalidade são pré-requisitos fundamentais. É o que revela o Superintendente da Divisão de Base do Esporte Clube Bahia, Nilton Motta. Ele entende bem do assunto, afinal há 28 anos ajuda a descobrir jogadores de talento. Nomes como Vampeta, Dida (ex Milan), o goleiro Felipe (Flamengo), o atacante Alexsandro (Vasco), hoje consagrados, foram descobertos por ele quando ainda tinham o futebol como mero sonho.

De acordo com Motta, cada vez mais os times de futebol investem na busca de talentos. Além das habilidades físicas e técnicas, os candidatos a jogadores profissionais precisam gostar do esporte. “Futebol requer dedicação contínua, esforço e aprimoramento”, afirma. “É preciso acreditar, ter força de vontade e não desanimar diante das dificuldades”, completa. Segundo ele, a iniciação de um jogador geralmente ocorre na “escolinha de futebol” aos oito anos de idade. À medida que o garoto vai crescendo, muda para as diversas categorias da divisão de base até se profissionalizar.

O jovem Danilo Cirilo Ferreira de Santana é um dos tantos garotos baianos que almeja a carreira de jogador profissional. “O maior sonho da minha vida é um dia vestir a camisa da seleção brasileira”, conta. Esse baiano de 17 anos começou a jogar futebol no Vitória aos sete. Na época, o talento do menino chamou a atenção do técnico que se empolgou e levou o jogador mirim para o “Dente de Leite” do Rubro Negro no qual ficou até completar 14 anos. E Danilo não decepcionou: ganhou o título brasileiro pelo Vitoria em Porto Seguro, no ano de 2006, jogando como meia-atacante. No currículo do jovem constam ainda passagens por outros dois grandes clubes: Portuguesa e Corinthians (São Paulo). “Desde pequeno as pessoas comentavam: seu filho tem o dom”, conta o pai de Danilo, o comerciante Jair Ferreira de Santana.

Para atingir seu objetivo, o jovem jogador tem duas armas: disciplina e dedicação. Treina duas horas por dia, começando às 6h, e à tarde faz musculação. Detalhe importante: ele concilia todo esse treinamento com a escola. Cursa, à noite, a 2ª série do ensino médio. O gestor da carreira de Danilo, Léo Calmon, incentiva o jovem a não descuidar dos estudos. “Eu sempre digo a ele que estudar agrega um valor diferenciado ao jogador. É preciso concluir essa etapa fundamental para todo cidadão”, afirma. Segundo o empresário, um atleta que estuda tem uma proteção a mais para as incertezas próprias da carreira do futebol que possui uma duração relacionada a fatores de condições físicas e da própria idade.

Quem já viu Danilo jogar nas posições de meio-campo e atacante assegura: velocidade, técnica e inteligência são grandes habilidades desse jovem talento do futebol que possui também uma boa dose de disciplina e respeito pelas pessoas. “Procuro treinar forte e com dedicação. Tenho o apoio da minha família e isso me ajuda muito”, conclui. Calmon revela: “Já existem times do Brasil e do exterior interessados em contratá-lo. Agora, estamos analisando a melhor proposta”, conta. Comparando a rotina de Danilo com a revelação do gestor, dá mesmo para acreditar que o sonho pode estar prestes a se tornar realidade.

Por: Aidil Brites

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