Bastou o árbitro Gleidson Santos soar o apito e decretar o fim da grande decisão entre Botafogo e Jacuipense, neste sábado, 21, à tarde, em Pituaçu, para o trio de aposentados formado por Luiz Jorge, Fernando Lima e Nilson Souza ‘cair em lágrimas’ e soltar o grito preso na garganta de “é campeão”.
Os ex-jogadores do alvirrubro na década de 60 – entre os anos de 1965 e 1968 –, finalmente, tiveram o prazer, agora como torcedores, de ver o Mais Simpático levantar uma taça. A vitória por 2 a 0 sobre a Jacuipense não só reverteu a derrota por 1 a 0, no jogo de ida, mas findou um jejum de 49 anos do alvirrubro.
A última conquista do time da capital baiana, de volta à elite estadual em 2013, havia sido o Torneio Início em 1963. “O choro é de alegria. Viva ao Botafogo, viva ao Mais Simpático. Como atleta não tive a chance de ganhar um título, mas me sinto parte deste troféu”, dizia o ex-lateral-esquerdo Luiz José, mais conhecido como Quinha.
A felicidade pós-jogo contrasta com os momentos de angústia que o trio viveu durante toda a partida. Sentados lado a lado desde o início da decisão, festejaram o gol de falta, de Maicon, logo aos três minutos de partida. Porém, sofreram a cada lance de perigo de ataque do Leão do Sisal, apelido da Jacuipense.
Inertes, pediam até uma intervenção divina para sanar com tamanha angústia. “Pediria a Deus agora para voltar no tempo e poder estar lá dentro de campo, atuando. É nervoso demais ficar aqui de fora sem poder fazer nada”, dizia o ex-atacante Nilson.
O sofrimento só terminou com o tento de Rogério, aos 39 minutos da etapa final. Dois a zero no placar e o grito de olé vindo das arquibancadas, onde 1.552 torcedores assistiram ao duelo.
Desativado em 1990, o Bota regressou ao futebol profissional em 2011. É o quarto time com mais títulos estaduais (1919/22/23/26/30/35/38). (As informações do A Tarde)
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