Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram na quarta-feira, 25, em assembleia, continuar com a greve, que já dura 58 dias. O comando do movimento também não aceitou a proposta apresentada na véspera pelo governo – anunciando reajustes salariais entre 25% e 40% para os professores, valores a serem distribuídos nos próximos três anos.
“Essa proposta nos trará perdas salariais até 2015, pois o reajuste não contempla a inflação do período. Além disso, ela desestrutura a carreira dos docentes e não contempla melhorias nas condições de trabalho”, argumentou o professor Jair Batista, que preside a comissão de comunicação do comando de greve.
Segundo Batista, uma nova assembleia da categoria só será agendada após a reunião que o comando nacional de greve terá com o governo, na próxima quarta, dia 1º de agosto. Ele confirmou que o novo calendário de aulas será pauta de discussão do Conselho Universitário somente depois que a greve for encerrada.
O Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub-Sindicato) tem 2.800 associados, segundo seu diretor acadêmico, professor João Augusto Rocha. Na assembleia de quarta, realizada no auditório da Faculdade de Arquitetura, na Federação, 170 estiveram presentes.
O impacto do reajuste será de R$ 4,2 bilhões no orçamento, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A categoria ainda vai analisar a proposta. Na quarta, também houve ações dos servidores e estudantes da Ufba, todos com greves deflagradas. Pela manhã, os servidores protagonizaram um “panelaço” em frente ao prédio da Reitoria, no Canela, impedindo o acesso de funcionários ao imóvel. (As informações do A Tarde)
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