quarta-feira, 22 de maio de 2013

APÓS NONA RODADA DE NEGOCIAÇÕES RODOVIÁRIOS E EMPRESÁRIOS NÃO CHEGAM A UM ACORDO

Os rodoviários encerraram no início da noite desta terça-feira (21) mais uma reunião de negociação com os empresários na tentativa de chegar a um acordo que evite uma paralisação da categoria, na Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário da Bahia (Abemtro). Como na reunião da manhã, no entanto, o impasse continuou.

"Infelizmente os empresários nos empurram para uma mobilização, uma greve, uma grande greve", diz o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota. "São 9 rodadas de negociações, quase 2 meses de conversas, e não vemos avanço", diz o rodoviário. "A categoria está apreensiva".

Segundo Mota, os rodoviários querem manter as negociações abertas e já existe uma nova rodada com os empresários marcada para o dia 28, mas a falta de avanço preocupa. "A saída é negociar, mas eles não estão querendo diálogo", diz.

Os rodoviários pedem um aumento salarial de 15%, além de ticket alimentação de R$ 15 trinta dias por mês e nas férias, assistência médica e odontológica para titulares e dependentes, gratificação de Carnaval, fim da cobrança de avarias, das terceirizações e da dupla função, além de redução da jornada para 6h sem redução de salário. Por outro lado, os empresários oferecem reajuste de 3,21%.

Outras reivindicações incluem o cumprimento da jornada diária de trabalho de 8h com 1h de descanso, como determina a lei. "Em alguns bairros não tem como deixar o ônibus parado por essa hora. Mas vamos obrigar os empresários a cumprir a lei, nem que para isso precise causar uma revolução nessa cidade". diz Mota. Os rodoviários também são contra a contratação de funcionários para cobrir folgas em esquema freelance e o banco de horas para que recebam folgas, e não o dinheiro extra, no fim do mês.

"Acho que essa é a primeira vez que ficamos dois meses negociando sem avanços. Estão esperando virar o balde para querer negociar. Os rodoviários pedem ao secretário de transportes que sente na mesa", acrescenta Mota.

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